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André Breton

André Breton (1896-1966) foi um escritor francês, poeta e líder do Movimento Surrealista na literatura e na arte. Foi influenciado pelo escritor e desenhista francês, Jacques Vaché, que lhe contagiou com seu desprezo radical às convenções sociais e literárias. Nessa época descobriu a teoria freudiana das associações espontâneas como revelação do inconsciente. Durante três anos participou do movimento Dadaísta, ao mesmo tempo em que se aprofundava no estudo do automatismo psíquico a partir das teorias de Jean-Martin Charcot. Breton se aprofundou também na visão de Sigmund Freud sobre o inconsciente, que veio a influenciar na formação de sua estética surrealista.

Em 1919, junto com os poetas Louis Aragon e Philippe Soupault, lançou a revista “Littérature”, precursora do movimento surrealista. Nesse mesmo ano, publicou seu primeiro livro “Mont-de-Pieté” (Montepio), uma coletânea de seus primeiros poemas, ainda ligado à estética pós-simbolista de Apollinaire. Em 1920 publicou “Os Campos Magnéticos”, com a colaboração de Philippe Soupault, onde revela o predomínio da nova estética surrealista.

Em 1924 rompeu com Tristan Tzara, um dos iniciadores do Dadaísmo, acusando-o de conservadorismo, e escreve o texto fundamental do novo movimento “O Manifesto do Surrealismo“. Breton critica os valores estéticos e éticos tradicionais, em que proclama a primazia dos componentes oníricos sobre os racionais e, como meio de verbalizar a subjetividade psíquica. Defendia a escrita automática, na qual o autor expressa o que lhe vem na mente sem pensar no seu significado.

Escreveu também a revista “Revolução Surrealista”, onde reivindicava uma nova forma de pensar que abolia a ditadura exclusiva da lógica e da moral, e pregava a liberdade total da imaginação como base para a liberdade total do ser humano.

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