Este volume em homenagem aos 90 anos do professor Evanildo Bechara reúne 21 artigos de professores e pesquisadores que tiveram a oportunidade de dialogar, trocar e conviver com o professor ao longo de sua fértil carreira. Traz estudos linguísticos e literários, além de depoimentos pessoais e afetivos. Uma mostra da conciliação que sempre conseguiu realizar entre distintos campos do saber, com o espírito aberto ao diálogo que o caracteriza e distingue. Luís de Camões, José de Alencar, Leite de Vasconcelos, Mattoso Câmara Jr. e Euclides da Cunha encontram-se neste livro com artigos sobre gramática, lexicografia, semântica e experiências em sala de aula. Distintos traços do sentimento da língua.
A edição é uma iniciativa do Liceu Literário Português e do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, através dos professores doutores Denise Salim Santos, Flávio de Aguiar Barbosa e Sheila Hue, organizadores da publicação.
“A expressão que dá título a este volume parte de Ferdinand de Saussure, desemboca no livro Dificuldades da Língua Portuguesa, de Manuel Said Ali, o grande mestre do professor e acadêmico Evanildo Bechara, e vem a marcar todo seu percurso de vida, seja na esfera do convívio, seja na atuação profissional em tantas frentes. Gramático, lexicógrafo, filólogo, linguista, investigador e professor, Evanildo Bechara é também mestre em magnetizar audiências de jovens alunos, atentas a suas palavras sobre a história dos estudos linguísticos no Brasil, sobre a colocação dos pronomes depender dos hábitos da mãe do falante, ou, ainda, quando sublinha a importância do livro O Linguajar Carioca, de Antenor Nascentes, outro de seus mestres. Pertencendo a esta linhagem de fundadores dos estudos linguísticos no Brasil, o professor Bechara dirige o Instituto de Língua Portuguesa do Liceu Literário Português e lidera a Lexicografia da Academia Brasileira de Letras, entre outras muitas atividades. Este volume é uma homenagem do Liceu Literário Português e do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde recentemente foi instituída a Cátedra Evanildo Bechara, criada para promover eventos sobre Língua Portuguesa e estudos linguísticos. O sentimento da língua aqui assinalado, além de significar a criatividade e o conhecimento inato do falante, também simboliza a sensibilidade acadêmica e humana, marca indelével do grande professor.” Texto de Francisco Gomes da Costa (Liceu Literário Português) e Sheila Hue (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).