PARA UM PENSAMENTO ÚMIDO

Derrida desafia seu leitor a uma caçada sem a presa e o lança no curso do grande rio, onde flui a inquietação do sempre outro, a diferença sempre diferida, a deliberada desorientação do e pelo pensamento. Este livro retoma duas grandes aporias da filosofia: de um lado, a indeterminação do conceito, donde a escolha do úmido, aquém ou além do molhado e do seco, como metáfora da travessia interminável do pensamento; e, de outro, a contingência das ideias, donde a escolha da aposta como forma do percurso textual para acercar-se do abismo da fé, do lance de dados imponderável, da alteridade e do devir.