Ecofenomenologia é desobediência aos processos de domesticação e subalternização necropolítica. É desnaturalização de sentidos previamente dados que cristalizam relações que beneficiam alguns, mas em detrimento de tantas/os outras/os. (…) Ecofenomenologia decolonial é um livro de desassossego: inquieta, desacomoda, tira o sono, impossibilita continuar vivendo como se vive. Desconforto indispensável para nos des-anestesiar, deslocar, desabituar o nosso olhar acostumado e indiferente aos horrores das vidas dos/as Outros/as, mas também às vozes, ecoepistemologias, singularidades, espiritualidades. [Cristine Monteiro Mattar]
Apresentação por Cristine Monteiro Mattar (Departamento de Psicologia/UFF)
Introdução – Iniquidade e desterro: da condição mortal à naturalização do assassinato
1. Fenomenologia como arte de fazer visível: considerações gerais
2. Visibilidade, mundo e alteridade
2.1. O caráter político-existencial do mundo
2.2. Mundo, alteridades e ipseidade: correlação de transparências
3. Colonialidade e desalterização
3.1. Desalterização e invisibilidade histórica
3.2. Metafísica como dispositivo político-existencial
3.3. Niilismo e colonialidade: o subterrâneo das luzes da Europa
4. Necroecopolíticas coloniais: da deformação do éthos e da pólis à desfenomenologização do oikós
4.1. Necropolítica: amplitude e limites conceituais
4.2. Éthos, pólis e oikós: a Terra como sentido do mundo
4.3. Necroecopolítica: sobre a quase universalidade das vidas mortas
5. Fenomenologia decolonial, alterogêneses e reexistências ecopolíticas
5.1. Alterogênese e reexistência: sobre a fenomenologização decolonial das alteridades
Referências